2 de dezembro de 2019
Mais uma vez o consumidor brasileiro ditou as regras na Black Friday e tentou, sem sucesso, dar toda a receita para as empresas fazerem bonito este ano. Só faltou uma coisa: as promoções acontecerem.
Isso porque, ao invés de oferecerem as tão esperadas ofertas na Black, as empresas apostaram na estratégia de fidelizar clientes em seus aplicativos ou captar novos cadastros em seus meios de pagamentos.
Resultado disso foram as 8.830 reclamações registradas na edição 2019 da BF, volume que superou em 57.6% as reclamações de 2018, quando foram registradas 5,6 mil queixas. Confira os números:
Mas muito mais que as queixas, foi possível entender que enquanto os consumidores, confiantes de que teriam uma grande promoção, pesquisaram e criaram uma expectativa positiva, as empresas erraram nas estratégias para atrair o público e apresentaram problemas de infraestrutura e tecnologia que ressurgiram como fantasmas na vida dos consumidores.
Desde o início da noite de quinta-feira, 28, o consumidor mostrou uma atitude vigilante e preventiva. O número de visitas e pesquisas no site Reclame AQUI bateram novo recorde e o volume de reclamações, antes do amanhecer de sexta-feira, já era 60% maior que em 2018.
Pela primeira vez na história, redes de fast-food e meios de pagamento viraram protagonista de uma Black Friday. Ou melhor, vilões. Isso porque as parcerias feitas para atrair mais consumidores – como as promoções da MercadoPago com Burger King e McDonalds – acabaram decepcionando muita gente.
Com falhas no sistema, clientes não conseguiram aproveitar as ofertas de lanches oferecidas, principalmente, por meio de redes sociais.Já as experientes lojas de varejo online cometeram erros de quem participa de uma Black Friday pela primeira vez.
Problemas como queda de sites, dificuldade para finalizar e inserir compras nos carrinhos, além de filas de espera acima de uma hora em sites apareceram na Black Friday de 2019.