6 de abril de 2016
Atualmente, todas as cores que podemos imaginar estão ao nosso alcance. Basta consultar a paleta da Pantone, por exemplo. Mas se voltarmos alguns séculos, podemos descobrir a história surpreendente que há por trás de muitos dos pigmentos que conhecemos hoje.
A origem deles remonta a tempos pré-históricos, mas muito do que se sabe está relacionado com o mundo da arte e explicado pelo historiador e diretor do Museu de Arte Forbes, na Universidade de Harvard, Edward Waldo Forbes.
Considerado o pai da conservação da arte nos Estados Unidos, Forbes viajou ao redor do mundo acumulando pigmentos para autenticar pinturas italianas clássicas.
Ao longo dos anos, sua coleção “Forbes Pigment Collection” veio a ser conhecida e cresceu para mais de 2.500 amostras diferentes, cada uma com sua própria história – origem, produção e uso. Hoje este material é utilizado principalmente para análises científicas.
Narayan Khandekar é o atual diretor do Centro Straus de Estudos Técnicos e de Conservação do Museu de Arte de Harvard e também guardião da coleção iniciada por Forbes. Durante os últimos dez anos, ele reconstruiu a coleção para incluir pigmentos modernos, com o objetivo de melhor analisar a arte contemporânea.
Seu trabalho, por exemplo, foi fundamental para provar que uma pintura do mestre norte-americano Jackson Pollock, descoberta em 2007, era na verdade uma falsificação. Após ter feito a análise de pigmentos, Khandekar revelou que uma cor vermelha usada na tela havia sido fabricada 20 anos após a morte do pintor.
“Todo pigmento tem a sua história”, costuma dizer o diretor. Em entrevista ao site Fast Company, Khandekar revelou um pouco do que sabe sobre os pigmentos mais raros e interessantes da coleção Forbes.