O futuro é roxo! Nubank desbanca o governo e está mais forte do que nunca

20 de dezembro de 2016

Por Fillipe Luis

Desde ontem vocês devem ter visto notícias circulando nas redes sociais falando do potencial impacto de uma redução drástica no prazo de pagamento aos lojistas. De fato, o assunto é sério: como hoje os clientes pagam as suas faturas em média 26 dias depois de fazer suas compras, essa mudança aumentaria significativamente a necessidade de capital dos emissores de cartão de crédito.

Empresas como o Nubank, que não estão associadas a grandes bancos com bilhões em caixa, seriam muito prejudicadas. E mesmo que conseguíssemos acesso a esse volume de recursos, isso colocaria em risco o nosso modelo de negócio, que é baseado em sermos altamente eficientes para não termos que cobrar tarifas ou juros absurdos.

Apesar de entendermos a situação dos lojistas, especialmente no cenário recessivo do país, seria ingênuo imaginar que o custo desse capital não seria facilmente repassado para os próprios lojistas e consumidores através do aumento de outras tarifas e juros. Chega a ser irônico que uma medida com o objetivo de estimular a economia e beneficiar a sociedade possa ter o efeito oposto: o de colocar em risco a concorrência.

Temos convicção de que a livre concorrência é a única fonte sustentável de mudanças para atacar as distorções desse mercado: mais competidores no mercado trazem mais alternativas de melhor qualidade e menor custo para consumidores e lojistas.

Por isso foi importante chamar atenção para o que poderia ser o fim do Nubank e de tantas outras fintechs que trazem mudanças tão necessárias para uma indústria tão problemática. Ontem foram publicados mais de 30 artigos em grandes veículos da imprensa e dezenas de milhares de posts nas redes sociais, o que nos fizeram trend mundialmente, mostrando que a continuidade do Nubank de fato preocupa os brasileiros, tão carentes de empresas que tratem seus clientes com respeito e dignidade.

Felizmente, o Banco Central mostrou hoje que não haverá nenhuma mudança abrupta ou unilateral nas regras de pagamento, e que trabalhará com os emissores, adquirentes, bandeiras e fintechs para definir como eventuais medidas podem ser implementadas de maneira sustentável, gradativa e sem prejudicar a competição, tão necessária nesse setor altamente concentrado.

Com essa demonstração de que os nossos reguladores, que têm um papel tão importante para o funcionamento do nosso setor, estão comprometidos com o melhor para a economia e o país, podemos afirmar: o Nubank continua, e veio pra ficar. Apesar de só podermos afirmar se será necessário algum ajuste no nosso modelo de negócios depois da definição de como as mudanças serão implementadas, estamos comprometidos a navegar as mudanças e trabalhar com o Banco Central para garantir que vocês e cada vez mais brasileiros possam se beneficiar de uma experiência 100% digital, eficiente e humana.

Com isso esclarecido, precisamos agradecer o imenso apoio espontâneo dos nossos clientes e fãs em todas as redes sociais, que durante os últimos dois dias nos inundaram com mensagens positivas de amor, força e perseverança. Receber tanto carinho nos encheu de orgulho de todo o trabalho que estamos fazendo aqui e renovou a nossa confiança de que juntos continuaremos revolucionando não só a indústria de serviços financeiros, mas também as relações de consumo no Brasil.

Texto Original: Facebook.com/Nubank