Transformar um pensamento ou um hábito não é fácil, mas por causa das redes sociais, essa desconstrução tornou-se ainda mais complicada.
Ao errar, uma pessoa parece incapaz de consertar seus erros ou mudar, além de ser definida e lembrada a partir de qualquer atitude equivocada que tenha cometido. Assim, a internet se tornou a voz da justiça e denominou essa prática de “cultura do cancelamento”, expressão reconhecida em 2019 pelo Dicionário Macquarie.
“No início é uma crítica ao comportamento, mas depois vira um efeito ‘manada’. As pessoas começam a te criticar por tudo, por qualquer coisa e vira uma verdadeira bola de neve. Todos começam a apedrejar o ‘cancelado’ só porque acreditam que está ‘liberado’“, explica Agabas.
Mas se engana quem acredita que a cultura do cancelamento prejudica apenas as pessoas. Algumas marcas já sentem o peso que essas atitudes podem trazer. O palestrante afirma:
As marcas estão cada vez mais receosas em criar campanhas que podem ocasionar cancelamentos. Ou por falta de representatividade, ou por uma interpretação equivocada, ou por um posicionamento mal inserido. As mensagens das campanhas acabam ficando em segundo plano, enquanto o cancelamento fica em primeiro.
Convivendo com esse cancelamento em massa há alguns anos, Agabas, que também é palestrante, declara que a cultura do cancelamento deve ser cancelada.
“As pessoas devem ser responsabilizadas pelos seus erros, mas a partir do diálogo. O erro é capaz de ensinar muitas pessoas“.
Em relação ao Marketing Digital, ele deixa claro: “tenha bastante cuidado com tudo o que fala e escreve nas redes sociais“.
“Quem trabalha com imagem, internet, deve, acima de tudo, ter cautela e zelo com a forma que se comunica. O fato é: quanto mais visibilidade, mais pessoas irão te cancelar“.