A Black Friday caiu no gosto do dos consumidores e das empresas no Brasil. Surgida nos Estados Unidos no século passado, a data passou a ser adotada por lojas brasileiras a partir de 2010. Neste ano, as promoções ocorrem amanhã.
Apenas hoje (24 de Novembro) ela deve movimentar 2,2 bilhões de reais na sua oitava edição no país, 15% a mais que a edição anterior, segundo dados da consultoria Ebit. A primeira edição movimentou o equivalente a 3 milhões de reais.
Há registros de que o dia de promoções exista nos Estados Unidos desde 1869. Se hoje é sinônimo de filas quilométricas e clientes se acotovelando para conseguir produtos com descontos generosos, sua origem está ligada à necessidade dos lojistas de reverter prejuízos acumulados no ano.
Após uma grande crise naquele ano, em que muitas lojas pequenas quebraram, os varejistas sentiram necessidade de fazer promoções. Além do incentivo para aumento nas vendas, a data também é uma oportunidade para que as empresas liberem espaço nos estoques, abrindo vaga para os produtos destinados ao Natal.
No Brasil
Por aqui, a ideia foi trazida pelo publicitário Pedro Eugênio, do site Busca Descontos. Nas primeiras edições, a prática de algumas empresas de aumentar os preços na véspera para cobrar “a metade do dobro” (originando o termo “Black Fraude”) e os problemas de instabilidade dos sites geraram muita desconfiança sobre a veracidade da promoção.
Desde então, as grandes lojas têm reforçado a estrutura de vendas para atender a demanda. Os órgãos de defesa do consumidor também estão mais atentos, e fazem cartilhas de orientação e plantões diante do aumento das reclamações no período.