O que era ultrapassado virou cool novamente. As clássicas câmeras digitais Cybershot, da Sony, estão voltando com tudo entre a Geração Z e os jovens millennials, que redescobriram o charme — e a estética única — das fotos dos anos 2000.
Com suas imagens ligeiramente granuladas, flash estourado e aquele ar de improviso que antecede a era dos filtros perfeitos, as câmeras que dominaram as baladas e viagens no início do milênio voltam a ocupar os bolsos e feeds como um símbolo de estilo, autenticidade e nostalgia.

A estética do “imperfeito” como movimento cultural
Num tempo em que todos os smartphones fazem fotos tecnicamente impecáveis, o visual vintage das Cybershot virou um diferencial estético.
Influenciadores, tiktokers e criadores de conteúdo estão propositalmente buscando esse “look” que lembra festas antigas, fotologs, férias em família e eventos com registro espontâneo, sem edição e sem preocupação com o ângulo ideal.
As hashtags como #digicam, #y2kaesthetic e #shotoncybershot estão ganhando força, especialmente no TikTok, com vídeos mostrando como usar, customizar e até revender essas câmeras.
Marcas como Prada, Balenciaga e Marc Jacobs já captaram o movimento e começaram a incorporar o visual digital retrô em editoriais, coleções e ativações de moda.
A lógica por trás da tendência
O retorno das câmeras digitais não é apenas visual, ele é emocional. Ao resgatar dispositivos que fizeram parte da adolescência de muita gente, os jovens constroem uma ponte entre o “analógico digital” e o imediatismo das redes sociais atuais.
É um retorno à ideia de que a fotografia pode ser registro, não performance. E isso tem tudo a ver com o movimento de desaceleração estética que vem crescendo nas redes.
Por que isso importa para marcas e criativos?
- A estética “retro-digital” é altamente engajável.
- Marcas que incorporam referências visuais dos anos 2000 geram identificação com públicos nostálgicos e alternativos.
- A Cybershot virou símbolo cultural de um tempo onde a espontaneidade era mais valorizada do que a perfeição — e isso tem peso na comunicação atual.