Começam ontem, dia 11, as inscrições para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2020. No ano passado foram cerca de 5,1 milhões de alunos se inscritos.
Criado em 1998 como um modo de avaliar os conhecimentos de alunos do Ensino Médio, o Enem foi transformado na gestão no maior vestibular do país. Porém, a pandemia do novo coronavírus está mudando um pouco o cenário da prova.
O Ministério da Educação decidiu manter o calendário do Enem, com provas marcadas para 1º e 8 de novembro, apesar dos alunos estarem desde o começo do ano sem aulas, sem sabermos por quanto tempo esse cenário irá permanecer e muitos pedirem o adiamento do exame.
Uma peça publicitária do MEC divulgada recentemente foi muito criticada nas redes sociais por não levar em consideração as dificuldades de estudo.
Uma decisão da Justiça Federal de São Paulo chegou a impor adiamento do Enem, mas o MEC recorreu e a decisão foi revertida. Entidades como o Conselho Nacional dos Secretários de Educação e o Conselho Nacional de Educação também se manifestaram a favor da remarcação da prova.
“Está difícil para todo mundo. É uma competição. Vamos selecionar as pessoas mais preparadas para serem os médicos, os administradores, os contadores“, disse o ministro em uma transmissão em suas redes sociais.
“Temos a maioria dos estudantes sem condições de acompanhar adequadamente essa modalidade de ensino à distância, seja por falta de acesso às tecnologias, seja por falta de acesso a direitos básicos, como alimentação ou domicílios com estrutura suficiente“, diz Andressa Pellanda, coordenadora-executiva da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
Até o momento o calendário será mantido e não foi comentado se existe a possibilidade de adiamento.
Fonte/Créditos: Exame.