Após muita polêmica causada pelo documentário da Netflix, “O Dilema Social”, o Facebook decidiu se posicionar e disse que ele não passa de puro sensacionalismo.
“Devíamos ter conversas sobre o impacto das mídias sociais em nossas vidas. Mas ‘The Social Dilemma’ enterra a substância no sensacionalismo“, escreve o Facebook em seu blog.
“Em vez de oferecer uma visão diferenciada da tecnologia, oferece uma visão distorcida de como as plataformas de mídia social funcionam para criar um bode expiatório conveniente para os problemas sociais difíceis e complexos. Os criadores do filme não incluem percepções daqueles que atualmente trabalham nas empresas ou quaisquer especialistas que tenham uma visão diferente da narrativa apresentada pelo filme. Eles também não reconhecem – criticamente ou não – os esforços já feitos pelas empresas para resolver muitos dos problemas que levantam. Em vez disso, eles dependem dos comentários daqueles que não estão lá há muitos anos“, completa o Facebook.
O Facebook particularmente se sentiu ameaçado pelo documentário por fazer parte das sete áreas que o documentário analisa ponto a ponto: o chamado vício em mídia social, os usuários como o produto final, implementação dos algoritmos, coleta de dados, polarização política, integridade eleitoral e desinformação.
“O Facebook usa algoritmos para melhorar a experiência das pessoas que usam nossos aplicativos – assim como qualquer aplicativo de namoro, Amazon, Uber e inúmeros outros aplicativos voltados para o consumidor com os quais as pessoas interagem todos os dias. Isso também inclui o Netflix, que usa um algoritmo para determinar quem ele pensa que deveria assistir ao filme ‘O Dilema Social’ e então o recomenda a eles“, se defende.
De acordo com o professor Andrew Przybylski, psicólogo experimental do Oxford Internet Institute que estudou os efeitos da mídia social, disse ao Business Insider que concorda que o filme é sensacionalista e disse que se baseia em “ciência lixo“.
Przybylski comenta que, embora ache que o filme fez um bom trabalho ao explicar a economia básica por trás das plataformas de mídia social, ele contornou qualquer ciência concreta. Os cineastas, disse ele, “não se preocuparam em entrevistar cientistas que fazem um bom trabalho em saúde e mídia social“.
Ele acrescentou que, embora o Facebook esteja “obviamente protegendo [seus] interesses” com sua postagem no blog, ele descobriu que seus argumentos faziam sentido“.
Caso queiram é possível ver a resposta do Facebook sobre o documentário na íntegra através deste link.