Nesta quarta-feira (8), o Magalu, empresa que está digitalizando o varejo brasileiro, lançou a segunda edição do fundo para financiamento de Organizações da Sociedade Civil (OSC) dedicadas ao combate à violência contra a mulher.
Entidades de pequeno, médio ou grande porte podem se inscrever, mas, necessariamente, precisam ter sua linha de atuação focada em geração de renda, acesso à Justiça ou apoio a mulheres. Nesta nova fase, até 20 ONGs de qualquer lugar do país receberão, no total, 2,2 milhões de reais para desenvolver e ampliar sua atuação.
Em 2020, quando foi lançado, o fundo selecionou OSCs de todo o país, 71% delas fora do eixo Rio-São Paulo. A empresa aportou mais de 2,5 milhões de reais, sendo 150 000 reais para as entidades de abrangência nacional e regional e 100 000 reais para aquelas com atuação comunitária. Além disso, as 20 organizações receberam uma consultoria especializada em capacitação de organizações sociais para auxiliá-las na melhoria da gestão dos recursos financeiros e das estratégias de marketing e de captação de recursos.
A Associação Tingui, do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, foi uma das entidades beneficiadas pelo edital. A organização oferece um espaço de convivência, onde mulheres trocam experiências e produzem estandartes de pano bordados à mão. Esse artesanato é hoje vendido para todo o país, e proporciona a essas mulheres uma maior independência financeira. A Associação Beradeiro, de Porto Velho, Rondônia, também teve aporte financeiro do Magalu e atua na capacitação de agentes comunitários de saúde que transmitem informações sobre a violência contra a mulher dentro das comunidades ribeirinhas.
A ideia do fundo surgiu em 2020, na fase crítica da pandemia, quando o número de casos de violência doméstica cresceu brutalmente devido à necessidade de isolamento social. No período, as vítimas foram obrigadas a ficar isoladas com seus agressores – que, na maioria dos casos, são companheiros ou maridos. Os recursos do primeiro edital foram provenientes da doação de mais de 26 milhões de reais realizada pela companhia e pelas famílias controladoras – Trajano e Garcia – destinada ao combate à pandemia de covid-19 e suas consequências.
A proteção às mulheres é uma causa apoiada pelo Magalu desde 2017, por meio de diversas ações. Foi naquele ano que o Magalu criou o Canal da Mulher, um serviço que oferece ajuda às funcionárias da companhia vítimas de violência. Desde o seu lançamento, o Canal da Mulher deu apoio a 917 delas. Por meio dele, qualquer colaborador pode denunciar ou notificar a existência de mulheres em situação de risco. A partir dos registros, psicólogos da empresa entram em contato com a vítima para entender o contexto e oferecer a ajuda mais adequada a cada caso. De acordo com a gravidade da situação, as colaboradoras recebem assistência psicológica, orientação jurídica e auxílio financeiro.
Em 2019, o Magalu também incorporou ao seu Superapp um botão de denúncias de violência contra a mulher. O dispositivo permite acesso direto ao Ligue 180 e, desde 2020, via chat, ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que recebe as denúncias online. Mais recentemente, em 2021, o botão passou a direcionar as denúncias também ao projeto Justiceiras, plataforma que oferece um serviço multidisciplinar de acolhimento e apoio às vítimas. O botão é propositadamente discreto para garantir máxima segurança às vítimas que desejam denunciar seus agressores.
Todo o processo de elaboração do Fundo Magalu de Combate à Violência contra a Mulher foi realizado em parceria com a Editora Mol e a consultoria Prosas, que assessoram grandes empresas e organizações em ações de impacto social. Para saber mais sobre a primeira edição da iniciativa, o Magalu produziu um vídeo, que traz depoimentos não só de profissionais que atuam nas ONGs selecionadas, mas também de mulheres que são beneficiadas pelas suas atividades. O material pode ser conferido abaixo:
As inscrições das ONGs estão abertas em: https://magalupelasmulheres2023.prosas.com.br/