15 de agosto de 2017
Após 12 horas depois de ter entrado no aplicativo no último Dia dos Namorados, a Lu (avatar do Magazine Luiza) já contava com mais de 150.000 matches. Seus admiradores, tanto homens como mulheres, não estavam em busca de uma companhia, mas sim de descontos na compra de geladeiras e aparelhos de TV.
Observadores do mundo desenvolvido podem se sentir tentados a desconsiderar Lu, a criação da varejista brasileira Magazine Luiza, como mais um truque publicitário da era digital. Mas estariam deixando de compreender o verdadeiro objetivo.
No Brasil, Lu se tornou uma espécie de pioneira, uma ponte improvável entre uma base de consumidores desconfiados e varejistas on-line que têm tido dificuldades para ganhar força na maior economia da América Latina. A vendedora digital ajudou o Magazine Luiza a registrar um aumento de 56% nas vendas pela internet no primeiro semestre de 2017 em relação ao ano anterior, um ritmo muito superior ao avanço de 12% do comércio eletrônico como um todo no Brasil.
Lidar com Lu revelou-se como um salto menor para muitos brasileiros, alguns dos quais nem sequer têm cartões de crédito. Basta se conectar e Lu está pronta para conversar sobre quais aparelhos oferecem o melhor valor ou sobre como compartilhar vídeos entre smartphones e TVs.
Contrariando a tendência da inteligência artificial, o Magazine Luiza mantém uma pessoa por trás do avatar, em vez de usar um chatbot, alavancando resultados avassaladores em vendas para a marca.