Até 2019 a vida transcorria de forma bem normal para o casal Junior Oliveira e Fernanda Borges, casados há mais de 25 anos. Desde sempre Junior teve vontade de empreender, trilhar o seu próprio caminho, mas o que faltava era aquele empurrão que a vida tem que dar para que as coisas andem pra onde tem que ir. E foi em 2019 que a vida fez isso, quando a empresa onde a Fernanda trabalha a transferiu para uma cidadezinha de 10mil habitantes no litoral do Rio Grande do Sul – 700km de Curitiba, separando o casal.
Seis meses depois a saudade bateu forte dos dois lados, a distância era grande e a falta que sentiam um do outro também – foi o que contou Junior, designer gráfico e empreendedor.
Foi então que, diante da incerteza do futuro, Junior pediu demissão da empresa onde trabalhava na área de webdesign e design gráfico, fechou o apto, juntou os gatos e os cachorros e foi embora para o RS com a Ideia de criar uma marca que uniria tudo o que eles gostam, feito realmente de fãs para fãs para um público que, assim como eles, não encontram facilmente produtos como quadros, camisetas, canecas e pôsteres voltados para o público que curte música alternativa, literatura e cult movies. Assim nascia a Wild People.
Afinal, quem gosta de Nick Drake, Oscar Wilde, Nico ou filmes B de terror, sabe o quanto é difícil achar algumas coisas legais em lojas físicas ou na internet.
Decidido o que iriam fazer, veio o segundo grande passo. Como viabilizar a operação?
Com muitas ideias, mas sem grana e nenhum investidor, seria impossível materializar tudo que tinham em mente. A solução seria montar um e-commerce com um estoque totalmente virtual, com produtos ilustrados em mockups desenvolvidos somente sob demanda.
Juntos novamente em Três Cachoeiras – RS, prontos pra botar a mão na massa, veio a pandemia trazendo mais mudanças e reviravoltas. Fernanda foi chamada novamente para Curitiba. – “Bora encaixotar os gatos e voltar”. Afinal, uma história de sucesso é também uma história de aventuras.
Em Curitiba, mergulhei de cabeça no desenvolvimento das artes dos produtos, montei uma oficina na sala de casa e aprendi sozinho técnicas de impressão, num processo quase artesanal. Passados 8 meses de muito trabalho a loja virtual estava pronta para inaugurar, – relatou Junior, designer gráfico e criador da marca Wild People.
Mas não é só nas estampas que A Wild People tem seu diferencial. “Nossas malhas são 100% algodão penteado fio 30.1, com costuras reforçadas de ombro a ombro e as nossas técnicas de impressões são super modernas, sem limitações de cores, em sublimação com aplicação toque zero ou impressão direta no tecido (Silk Digital)” – completa Junior.
Com uma ótima recepção do público, vieram então tantos outros desafios, entre eles a pandemia, e desde então as coisas tem acontecido de forma gradual, com clientes em todo o Brasil. A marca tem chamado a atenção inclusive do público estrangeiro. E pensando nisto, a marca se prepara para vender em solo americano, numa parceria em que os seus produtos vão ser produzidos e distribuídos a partir de lá. Num nicho de mercado quase esquecido, os fãs da cultura alternativa acharam na Wild People, uma marca para chamar de sua.