4 de agosto de 2021
Como o jovem prodígio criou a maior rede social do mundo e mudou a comunicação da sociedade
Provavelmente você já interagiu com algum dos aplicativos do grupo de empresas liderados por Mark Zuckerberg. Seja pelo WhatsApp, Instagram ou no próprio Facebook, praticamente todos os usuários de computador ou celular já tiveram algum contato com esses aplicativos que transformaram a comunicação digital da sociedade no mundo todo.
Mark Zuckerberg se tornou uma das pessoas mais ricas e influentes do mundo por ser o cofundador do Facebook, a maior rede social da internet. Em 2012, o Facebook comprou o Instagram, e em 2014 comprou o WhatsApp, criando um império na área da tecnologia.
Mas como tudo isso começou?
Mark Elliot Zuckerberg nasceu em 1984, na cidade de White Plains, nos Estados Unidos. Filho do dentista Edward Zuckerberg e da psiquiatra Karen Zuckerberg, Mark teve uma infância marcada pelas habilidades em astronomia, matemática e física. Ainda na escola, ganhou diversos prêmios nessas disciplinas, já mostrando os primeiros traços do que poderia ser um prodígio.
Em casa, Mark já mexia em computadores, como a maioria dos garotos dos Estados Unidos no início dos anos 90. Isso facilitou para que ele tivesse contato com programação e códigos, sendo que, aos 11 anos, criou um sistema de rede que permitia que os computadores da casa pudessem se comunicar, facilitando a rotina do seu pai e de toda família, já que ele recebia pacientes em casa.
Sua trajetória no mundo digital começou quando, ainda estudante de ensino médio, Zuckerberg foi trabalhar com programas de computador enquanto seu pai lhe ensinava programação básica em casa. Algum tempo depois, por demonstrar muito interesse e facilidade em aprender, Mark começou a ter aulas particulares com um professor de desenvolvimento de softwares, área que gostava muito.
Em 2002, Mark Zuckerberg entrou em Harvard para se formar em Psicologia e Ciências da Computação. Foi nesse momento que a ideia do Facebook começou a tomar um pouco mais de forma e dar seus primeiros passos. Junto de alguns amigos da faculdade, Mark criou o Facemash, um site que permitia que os alunos votassem em batalhas virtuais para decidir os colegas mais bonitos da universidade. O site viralizou rapidamente, com tantos acessos que afetaram diretamente o sistema de conexão de Harvard, e posteriormente foi tirado do ar. Isso quase rendeu uma expulsão a Mark, que foi acusado de quebrar a segurança da rede da universidade e usar imagens de outras pessoas sem permissão.
Mas isso não fez com que o prodígio parasse por aí.
No segundo ano de faculdade, Mark desenvolveu um site para conectar os alunos de Harvard. Eles poderiam criar um perfil, adicionar fotos, se comunicar e interagir com outros alunos, a partir de um simples cadastro com seu e-mail interno. Soa familiar, não é mesmo?
O brasileiro Eduardo Saverin, que fazia parte do grupo de amigos, foi com quem Mark dividiu a ideia: cada um deles investiu mil dólares no projeto. No entanto, como Zuckerberg arcava com a maior parte do trabalho e mergulhava na programação pesada do site, posteriormente a sociedade foi dividida em dois terços para ele e um terço para Eduardo.
Então, em 2004 foi lançado o TheFacebook.
A ideia geral do site era basicamente o que o Facebook proporciona atualmente, porém ainda bem longe de ser essa potência em recursos, ferramentas e desempenho. O design ainda era simples, a conexão ainda era restrita a Harvard, não havia nem mesmo o tradicional feed de notícias, mas já era algo revolucionário. Aos poucos, o projeto foi sendo desenvolvido com uma cultura efetiva de sempre continuar otimizando e melhorando com pequenas novidades e ideias criativas, algo que até hoje o Facebook continua exercendo para se manter no topo.
O TheFacebook se popularizou rapidamente e virou uma febre em Harvard. Isso, é claro, permitiu que, dois meses depois, Mark e Eduardo ampliassem os horizontes do projeto, expandindo o The Facebook para outras universidades da Ivy League, que reúne as principais escolas do país. A partir disso, o crescimento não parou e a dupla decidiu convidar três amigos para fazerem parte do projeto: Andrew McCollum, Chris Hughes e Dustin Moskovitz.
Com o site crescendo absurdamente e a adesão aumentando, Zuckerberg decidiu sair da faculdade e se mudar com os sócios para a Califórnia. Seus pais não eram a favor de que Mark largasse os estudos, mas isso não fez diferença naquele momento.
Os jovens alugaram uma casa para morarem e servir como escritório, e então decidiram comprar o domínio facebook.com, extinguindo o “The” do nome, que fazia referência aos livros com fotos dos alunos das turmas na escola. Nessa época, receberam alguns investimentos e conselhos de grandes nomes da tecnologia e do mundo empresarial, que foram importantes para que, em 2006, o Facebook finalmente se tornasse aberto para todos os públicos. Bastava ser maior de 13 anos e ter um e-mail para realizar o cadastro.
O sucesso foi inevitável. Com muitos acessos e uma criação massiva de contas, o mundo rapidamente conheceu o Facebook e grande parte dos usuários da internet começaram a se conectar com pessoas de qualquer lugar.
O Facebook cresceu de forma estrondosa e começou a dar lucro. Em 2008, Zuckerberg integrou a lista da Forbes, tornando-se o mais jovem entre os mais ricos do mundo, com apenas 24 anos.
Mark, então, começou a buscar outras empresas para compor seu império, ampliando as ferramentas e as possibilidades de fazer mais. Depois de algumas compras menores, o Facebook anunciou a compra do Instagram por 1 bilhão de dólares em 2012. Dois anos depois, realizou a maior compra de todas, desembolsando 19 bilhões de dólares pelo WhatsApp, até então concorrente do Messenger, aplicativo de mensagens do Facebook.
A integração entre esses aplicativos foi se tornando cada vez maior, com aquela mesma filosofia inicial de pequenas novidades e melhorias que aprimoram a experiência dos usuários. Até hoje, as redes sociais do grupo do Facebook estão entre as maiores e mais influentes do mundo.
Com a possibilidade de se ter uma identidade na internet, a comunicação humana se transformou. As pessoas estão mais conectadas entre si, passam mais tempo no mundo digital e consequentemente consomem mais conteúdos nas redes sociais. Esse novo comportamento dos usuários permitiu que a publicidade fosse explorada dentro das redes sociais, que cada vez mais mostrava seu potencial.
As agências de publicidade, que antes da explosão das redes sociais tinham outras funções, também tiveram que se adaptar e fazer a transição para o mundo digital. Hoje em dia, a maioria trabalha com foco no Facebook e Instagram, por exemplo, com ferramentas e profissionais especializados no melhor desempenho e engajamento: algo que, há alguns anos atrás, era uma profissão que não existia.
Os algoritmos e a interação com os dados digitais permite que uma empresa, uma pessoa ou agência de publicidade faça propagandas mais segmentadas, direcionadas a um público específico, filtrado por região, idade e interesse, por exemplo. Isso tem um impacto muito mais efetivo do que qualquer outra mídia, mostrando mais uma vez que o projeto de Zuckerberg e Eduardo afetou muito além do que a conexão entre pessoas.
Cada vez mais a política também demonstra como pode ter um desempenho efetivo a partir do uso estratégico das redes sociais e da tecnologia digital.
Quando Mark Zuckerberg lançou o TheFacebook, provavelmente não tinha ideia da dimensão que aquilo poderia tomar, muito menos que aquelas maratonas de programação e códigos seriam tão grandes a ponto de influenciar comportamentos, mudar o jeito de se comunicar da sociedade e até mesmo criar profissões que não existiam.