O Mercado Livre anunciou durante o seu último evento, Mercado Livre Experience, que irá passar a gerenciar o estoque e as entregas no lugar dos seus vendedores.
Com essa nova mudança, os parceiros poderão solicitar a entrega dos seus produtos diretamente no novo centro de distribuição da empresa no interior de São Paulo e deixar que o marketplace gerencie toda a logística. Dessa forma, os vendedores precisarão se preocupar apenas em vender.
Atualmente, o Mercado Livre já tem uma vertente chamada de Mercado Envios, que facilita o processo de impressão de etiquetas para os vendedores e também consegue preços de frete mais baixos para os consumidores. Entretanto, nessa modalidade, os vendedores ainda precisam selecionar, embalar e levar os pacotes aos Correios ou as transportadoras.
“Os vendedores podem demorar até alguns dias para embalar e despachar os seus produtos. Queremos reduzir esse intervalo para algumas horas.” – Disse Stelleo Tolda, diretor de operações.
De acordo com uma entrevista dada à Exame ele afirma que o consumidor é muito ansioso e quer rastrear o transporte e receber seus produtos o mais cedo possível.
Inicialmente, o novo serviço completo de logística estará disponível apenas para 130 vendedores selecionados para o teste, no qual até julho de 2018, eles poderão utilizar esse recurso de graça a fim de testar a novidade e ajudar o Mercado Livre a desenvolver melhor seus processos.
A empresa conseguiu criar seu próprio sistema de gerenciamento logístico a partir da tecnologia que adquiriu na compra da startup “Axado” e pretendem nesse ano de 2017 investir R$ 1 bilhão, essencialmente em campanhas de marketing e na disponibilização de frete grátis para os consumidores.
De olho na concorrência
Apesar da empresa não afirmar isso, fica claro que todo esse movimento e investimento é uma preparação. O objetivo é provavelmente o de melhorar sua imagem frente aos consumidores e oferecer uma experiência de compra mais satisfatória para que, quando a Amazon começar a operar completamente no Brasil, os clientes não correrem para a concorrência.
O Mercado Livre atua hoje em 19 países, incluindo o Brasil, mas não é uma empresa nacional. Ela começou suas operações em 1999 na Argentina e no mesmo ano passou a funcionar aqui.
Gostou? Você acha que essa mudança pode tornar a marca mais confiável e segura para os consumidores? Deixe nos comentários sua opinião.