Um dos pilares do Grupo Estadão desde o ano passado é abordar de forma diferenciada e impactante uma questão cada vez mais importante: igualdade de gênero.
Esta foi a motivação da ação que, durante o desfile do estilista Amir Slama, levou modelos com mensagens pintadas nos corpos nas passarelas da SPFW.
O detalhe inusitado fica por conta da tinta escolhida: ela só aparece nas fotos feitas com flash. Quem estava no desfile pôde, ao fotografar com celular ou câmera profissional, ver o que quem não usava flash via.
A intenção é convidar homens e mulheres para uma reflexão sobre o assédio sexual: “Encontramos uma nova forma de chamar a atenção para uma questão que deveria ser óbvia: a liberdade das mulheres de se vestirem como quiserem, sem que isso seja interpretado de forma diferente pelos homens”, explica Marcelo Moraes, Diretor de Marketing do Grupo.
As frases diziam coisas como: “Decote não é convite”, “Minha saia não é permissão”, “Me visto como eu quiser” e “Perna de fora não é provocação”. A ação foi ativada no evento pela hashtag #decotenaoeconvite
“Não existe evento mais relevante que a SPFW para levantarmos a questão da igualdade de gênero e o fato de que a roupa não é convite para violência”, diz Joanna Monteiro, Chief Creative Officer da FCB.
“A tinta não é visível a olho nu, assim como o preconceito e a violência contra mulher, que nem sempre são evidentes”, completa.