A comercialização agrícola pode se definir como o processo de compra e venda de produtos agrícolas.
Está presente desde o início, quando era simplesmente uma troca através de dinheiro o escambo, mas na atualidade interfere muitos mais jogadores tornando a comercialização agrícola mais complicada. Antigamente o mercado era autodependente, mas agora baseia-se na comercialização.
A implementação de melhorias na produção agrícola tais como variedades de alto rendimento, graças ao monitoramento das características fundamentais dos cultivos como temperatura ideal do solo para o plantio umidade do solo, irrigação ou nutrientes; uso fertilizantes, e mecanização da agricultura, tem aumentado a produção agrícola, incrementando os produtos em comercialização.
É então que entra em jogo a comercialização que se encarrega de transformar as matérias-primas vendidas pelos agricultores em alimentos e produtos de fibras comprados pelos consumidores. Isto tem implicações em diferentes níveis. Primeiramente, na aparência física e forma dos produtos, por exemplo a lavagem e classificação de maçãs ou o processamento de trigo em cereais (Wheaties). Em segundo lugar, no transporte, pois na atualidade, as matérias-primas viajam do campo de cultivo até os pontos de venda que podem ser no mesmo país em diferentes localizações ou mesmo no outro lado do mundo. Depois, no tempo, onde determinadas culturas têm que ser colhidas em épocas específicas do ano para assim serem armazenadas para seu posterior consumo. Finalmente, nos integrantes do mercado, já que o consumidor final raramente é também o produtor, o que envolve a transferência de propriedade ou posse daqueles indivíduos que produzem, em última instância, para aqueles indivíduos que consomem os alimentos ou utilizam a fibra.
Desta maneira, a comercialização tem se tornado um elemento essencial na economia, reunindo produtores e consumidores através de uma série de atividades. O alcance da comercialização agrícola também inclui o fornecimento dos insumos agrícolas para os agricultores.
A comercialização direta é o processo de venda direta entre o produtor e consumidor, sem intermediários tais como distribuidores e lojas de ponta de estoque. Assim, a comercialização direta apresenta diversas vantagens para os agricultores, assim como para a agricultura sustentável e os sistemas alimentares. No primeiro caso, permite os agricultores terem mais lucros ao eliminar intermediários. No segundo caso, permite aumentar a rentabilidade dos agricultores, promovendo a economia local e fornecendo aos consumidores produtos de maior qualidade e mais saudáveis. Esta comercialização agrícola direta ao consumidor é um modelo relativamente novo, respeito à escala. Porém, há muito tempo os agricultores vendem produtos para seus vizinhos, amigos, família e outros membros da comunidade. Mas é agora que a tecnologia digital está ampliando muito mais esta capacidade. Por exemplo, se você puder alcançar alguém on-line, você pode construir uma relação com ele. O fator limitante não é o acesso ao mercado, mas a capacidade de distribuição. Se seus produtos chegam frescos à porta de uma pessoa, então essa pessoa é um cliente em potencial. Existem diferentes exemplos para visualizar mais o alcance da comercialização direta que incluem empreendimentos de Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA), mercados de agricultores e barracas agrícolas, e venda direta a empresas e instituições, tais como restaurantes, escolas ou hospitais.
Nas vendas na fazenda pode se diferenciar diversos métodos de simples barracas agrícolas de auto-serviço até lojas agrícolas multi-departamentais durante todo o ano que podem incluir auto-colheita (pick-your-own) ou empresas de agriturismo. Se for bem feito, é uma opção que atrai muitos clientes regulares e oferece bons retornos. Por outro lado, as barracas agrícolas de auto-serviço são uma boa maneira de atrair clientes no trânsito. Os produtos habituais para o auto-serviço são morangos, milho doce, tomates e pêssegos. Deste modo, os clientes podem conhecer a atividade agrícola local através do boca-a-boca. Se você construir um comércio com produtos bons e de alta qualidade, se o trânsito for suficiente, esta opção pode se tornar um grande investimento. Pelo contrário, a auto-colheita (pick-your-own ou PYO) precisa de publicidade e equipe. Pode ser lucrativo mas também arriscado já que depende das previsões meteorológicas. É uma boa opção adicional no agriturismo.
Na Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA), também chamada de agricultura de membros por assinatura (subscription farming), os clientes podem selecionar por toda uma parte da produção que eles pegam diretamente ou entregam a eles. É uma boa alternativa para apoiar os negócios locais. O perfil típico do consumidor é morador da cidade que está conscientizado e quer produtos frescos e de qualidade. Os agricultores envolvidos se preocupam com suas fazendas e seus cultivos e tentam fazer sentir ao consumidor como um mais através de diferentes atividades como festas de colheita.
Desta maneira, é importante que os agricultores conheçam os diferentes canais da comercialização direta, assim como suas vantagens e inconvenientes para assim eles saberem qual opção é melhor para cada produto.