Plástico extraído do sangue humano: A Arte da Biotecnologia que choca e conscientiza

A magia do projeto começa no processo de extração dos microplásticos, que foi realizado em 1.000 bolsas de sangue descartadas, totalizando 450 litros de material. A partir daí, a OKA Biotecnologia utilizou técnicas avançadas de diálise adaptada e isolamento enzimático para separar os microplásticos das células sanguíneas.

O material resultante foi então moldado e impresso em 3D, criando objetos comuns do nosso dia a dia, mas agora com um toque perturbador de consciência ecológica.

Esses objetos foram expostos como parte de uma campanha visualmente impactante, feita para nos lembrar que o plástico não está mais restrito aos oceanos ou à fauna marinha. Ele agora faz parte de nosso corpo. O projeto não só chama atenção para a poluição do meio ambiente, mas também para a maneira como ela entra em nosso organismo de forma invisível e silenciosa.

Além de alertar sobre os perigos da poluição plástica, o projeto também busca trazer soluções. A OKA Biotecnologia desenvolveu alternativas naturais e biodegradáveis para substituir o plástico tradicional. Utilizando, por exemplo, mandioca para criar materiais sustentáveis, a empresa oferece uma proposta concreta para reduzir nossa dependência do plástico convencional.

Esses materiais são não apenas biodegradáveis, mas também resistentes e até comestíveis, o que abre uma nova perspectiva sobre como a biotecnologia pode colaborar para resolver problemas globais de forma sustentável.

No final das contas, “Plastic Blood” é um chamado à ação. Não se trata apenas de um projeto artístico ou científico, mas de uma reflexão profunda sobre a nossa relação com o plástico. Enquanto a biotecnologia segue desenvolvendo novas formas de criar materiais mais seguros e sustentáveis, a arte nos obriga a encarar o impacto do que já fizemos. O plástico já está em nosso corpo, então o que vamos fazer para mudar essa história?