7 de junho de 2016
Ler anúncios em voz alta é um exercício comumente praticado por redatores publicitários. A prática ajuda a entender melhor o ritmo do texto, a sonoridade das palavras e a amarração das informações como um todo.
Mas para o ex-redator Rafael Bacchi, hoje sócio da produtora de áudio Chiclete Art Sounds, a prática foi além. Após algumas rodadas de leitura em sua própria voz, era comum que o exercício ganhasse liberdade na voz de personagens de seu cotidiano, que iam desde Scooby Doo e Zacarias até figuras do bairro, da família ou mesmo fictícias, como o tintureiro Tanaka e a avó Dinha.
Essas leituras caricatas não só potencializavam os ensinamentos do exercício como o tornava mais longo e divertido, a ponto de inspirar pequenas histórias e devaneios, que ganhariam vida em “O som dos anúncios”.
No blog é possível encontrar um japonês bêbado discursando um print da Semp Toshiba. Um pai sozinho em uma noite chuvosa lendo para o bebê o texto de um clássico do Itauvida. Uma pérola impressa da TAM ganhando as nuvens em um jingle. E muitas outras peças e histórias estão por vir.
Em “O som dos anúncios”, grandes clássicos do print publicitário viram briefings luxuosos e ganham vida nova por meio do som, provando mais uma vez que uma boa ideia é sempre um convite tentador para inspirar uma próxima.