Sendo considerado uma das mais importante provas do país, o Exame Nacional do Ensino Médio, ou Enem como é conhecido, passará a ser aplicado digitalmente.
Inicialmente a mudança será liberada para apenas cinquenta mil candidatos à partir de 2020. Hoje, o Enem é feito somente em provas impressas por todo o Brasil, porém está sendo planejado que até 2026 ninguém mais precise fazer pelo formato atual.
O Ministério da Educação ainda anunciou que o novo modo do exame será aplicado em 15 capitais do país. A partir do ano que vem o público poderá se inscrever para testar o novo formato, sendo que apenas os primeiros 50 mil que escolherem a opção poderão realmente fazê-lo.
A prova digital será aplicada nos dias 11 e 18 de outubro de 2020, enquanto a regular acontecerá nos dias 1 e 8 de novembro.
De acordo com o ministro da Educação, Abraham Wreintraub, o governo não comprará computadores para a realização do Enem digital. A forma de aplicação seguirá o modelo atual, no qual é contratado uma empresa terceirizada para cuidar dessa parte, que engloba organizar as salas de aplicação, garantir os fiscais, e agora, também viabilizar as máquinas.
O ministro garantiu que a segurança da prova estará preservada com a tecnologia já existente no país e que em diversos locais do mundo provas já são aplicadas desta maneira e que o Brasil está ficando para trás neste quesito.
Além disso, ele enfatizou que a maior parte dos procedimentos envolvendo a prova, como a correção, já é informatizada, exceto a aplicação.
“A gente sempre tem que ficar atento porque bandido é sempre criativo, mas hoje achamos que a segurança e a tecnologia que o Brasil tem permite fazer isso. Além disso, é só essa última etapa da aplicação é analógica, o resto todo é digital“, comentou o ministro.
A ideia é aumentar a cada ano a quantidade de vagas para realizar a prova digital, até que em 2026 não exista mais a avaliação presencial.
O custo da aplicação do Enem digital será de R$ 20 milhões para 15 mil alunos, com uma média de 400 reais por candidato. A prova presencial custa atualmente cerca de R$ 500 milhões e atende a 5 milhões de alunos, com um custo de apenas R$ 100 por aluno.
Com isso é bem provável que, com o Enem digital, o custo para se candidatar a uma vaga em uma universidade será mais alto, apesar de ainda não ter sido divulgado o novo valor.